Fim à vista para troços de autoestrada grátis
Troços de autoestrada gratuitos podem desaparecer e os pórticos deverão ser substituídos por sistema eletrónico.
O Governo está a estudar o fim de todos os troços de autoestrada que ainda são gratuitos. Os pórticos deverão desaparecer mas, em contrapartida, todas as entradas e saídas vão ser debitadas aos automobilistas, através de um sistema eletrónico como a Via Verde.
Isto significa o fim dos pórticos e a instalação de controladores eletrónicos em todas as entradas e saídas das auto-estradas. Ou seja, deixa de haver troços grátis. Todos os automóveis pagarão exatamente os quilómetros que andarem, sem descriminação de qualquer zona livre de portagens ou mais carregada de pórticos.
O que acaba são os troços gratuitos, mesmo nas áreas metropolitanas, como é o caso da Grande Lisboa.
O PS considerou esta terça-feira que se o Governo generalizar a cobrança de portagens nas autoestradas representará um "ultraje" às populações das zonas até agora abrangidas por isenções.
O vice-presidente da bancada socialista, Basílio Horta, disse que, se esta medida for concretizada, "muitas populações que até agora gozavam de isenção de portagens vão passar a pagá-las", o que terá "uma importância extremamente negativa, em primeiro lugar para a economia portuguesa".
"Em zonas deprimidas, com um profundo desemprego, em que é necessário baixar os custos de contexto das empresas, o Governo agrava esses problemas significativamente. Em algumas zonas do país, as portagens são um fardo pesado para quem quer produzir e exportar", afirmou.
Para o vice-presidente da bancada do PS, o Governo já não tem em consideração a queda do Produto Interno Bruto (PIB) e o aumento do desemprego.
"A atual situação obrigava a um cuidado especial com as empresas e com as famílias, que já estão massacradas, mas, de um momento para o outro, generaliza-se o pagamento de portagens, sem se saber se existem alternativas. É mais uma decisão cega, arbitrária, que o PS não tolera", declarou.
Basílio Horta referiu-se depois especificamente ao caso de Sintra, concelho ao qual será candidato do PS a presidente da Câmara nas próximas eleições autárquicas.
"Quem trabalha em Lisboa e vai dormir a Sintra terá de pagar portagem. É um verdadeiro ultraje às populações, a muitas dezenas de milhares de famílias. O PS manifestamente contra esta decisão", acentuou.
fonte:http://www.cmjornal.xl.pt/n