Dados do INE confirmam corte de 3,92% nas pensões
Dados confirmam o valor provisório da esperança média de vida divulgada em Dezembro de 2011, que permitiu calcular o corte nas novas pensões em 2012.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou hoje as tábuas de mortalidade que confirmam o valor do corte das novas pensões em 2012. De acordo com o INE, a esperança média de vida aos 65 anos é de 18,62 anos (ou seja as pessoas vivem, em média, até aos 83,62 anos), o mesmo valor que provisoriamente tinha sido avançado em Dezembro de 2011 e que permitiu calcular a redução a aplicar às pensões pedidas entre Janeiro e Dezembro deste ano.
Tal como o Diário Económico noticiou em Dezembro, todas as novas pensões iniciadas em 2012 levam um corte de 3,92%, à conta do chamado "factor de sustentabilidade". Este mecanismo liga o valor das pensões à esperança média de vida e começou a ser aplicado às pensões iniciadas a partir de 2008.
A cada ano que passa, o factor de sustentabilidade é mais elevado e dita cortes cada vez maiores. Em 2008, o corte nas novas pensões foi de 0,56%, subindo para 1,32% em 2009 e para 1,65% em 2010. Quem pediu reforma em 2011 teve um corte de 3,14%, acima das estimativas do Governo em 2006, por altura da revisão do regime.
Alternativa é trabalhar mais tempo
Qual a alternativa ao corte nas novas pensões? Trabalhar mais tempo. Isto porque a lei prevê bonificações para os trabalhadores com mais de 65 anos que prolonguem a sua carreira activa.
Portanto, se já chegou aos 65 anos e quer contornar este corte terá de trabalhar mais quatro meses, caso já conte mais de 40 anos de descontos. Para quem tem entre 35 e 39 anos de trabalho, tem de permanecer activo por mais sete meses. E se conta entre 25 e 34 anos de descontos, tem de trabalhar mais oito meses. No entanto, se tem 65 anos de idade mas só descontou entre 15 e 24 anos prepare-se para mais um ano de trabalho, caso queira evitar a descida da pensão.
fonte:http://economico.sapo.pt/