PSD e CDS rejeitam "vitória estrondosa" do PS
Cabeça de lista da coligação Aliança Portugal considera que derrota nas eleições europeias não deve ter uma leitura para as legislativas e acusa os socialistas de "mistificação".
A coligação PSD/CDS Aliança Portugal admite a derrota nas eleições europeias, mas rejeita a ideia de uma “vitória estrondosa e histórica” do PS.
“Sendo claro para nós que o PS ganhou as eleições e que a Aliança Portugal perdeu, nada admite a mistificação que o doutor Francisco Assis ensaiou hoje”, afirmou o social-democrata Paulo Rangel, o cabeça de lista da Aliança Portugal.
“Digo isto com alguma preocupação democrática, porque mesmo que as melhores projecções se confirmem, os resultado do PS não são de modo nem vitória estrondosa nem histórica”, declarou Paulo Rangel, numa primeira reacção às projecções avançadas pela SIC e RTP.
“Para nós, é claro que o PS ganhou e merece parabéns. Nós perdemos e ficámos em segundo. Agora, vir daqui retirar ilações como tentaram, é democraticamente pouco cordial, porque qualquer pessoa que olhar para estes resultados não poderá entrar em euforia nem em condicionamento da opinião pública como foi feito”, sublinhou Paulo Rangel.
O cabeça de lista da Aliança Portugal lamentou a elevada taxa de abstenção, que poderá chegar aos 66%, e deu também os parabéns à CDU e ao Movimento Partido da Terra, pelo resultado conseguido nestas eleições europeias.
Nesta declaração na sede de campanha da coligação, o centrista Nuno Melo também reconheceu a vitória do PS, mas disse que "não justifica o triunfalismo" manifestado pelos socialistas.
"Não faz sentido retirar conclusões para as eleições legislativas. Estas são eleições europeias e o PS fica muito abaixo dos 44% conseguidos em 2004. Se o PS fica muito abaixo do resultado de 2004 não é uma vitória estrondosa", argumenta Nuno Melo.
fonte:http://rr.sapo.pt/i