Luz, gás, combustíveis, portagens, tabaco e comunicações devem aumentar
Novo ano, novos preços. Há muito tempo que é assim e 2013 não vai ser diferente. A partir de 1 de janeiro próximo, muitos são os produtos onde pode contar com um aumento. Saiba desde já o que o espera, para fazer contas à vida.
Na energia, começamos pela eletricidade, onde as tarifas vão subir 2,8% para as famílias. A atualização, proposta pelo regulador do setor, a ERSE, vai representar uma despesa acrescida de 1,24 euros por mês numa fatura média de cerca de 47 euros. Na tarifa social, para clientes economicamente vulneráveis, o aumento será de 1,3%, ou seja, de 30 cêntimos numa fatura mensal de 23 euros.
Mas este aumento vai vigorar apenas durante três meses porque, devido à transição para o mercado liberalizado, as tarifas passam a ser revistas de três em três meses. Ou seja, em abril, julho e outubro, conte com novas subidas.
O mesmo vai acontecer com o gás natural, que fica 2,5% mais caro já no início do ano que vem. Em julho, as tarifas aumentaram 6,9%.
E já que falamos de energia, independentemente do que as tendências dos mercados e do preço do petróleo, os preços doscombustíveis nas bombas vão sofrer, pelo menos, o efeito de um aumento da carga fiscal, previsto no Orçamento do Estado para 2013. No documento, o Governo eleva a contribuição para o serviço rodoviário (CSR), integrado no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) em 1,10 euros por cada mil litros de gasolina e 2 euros por cada mil litros de gasóleo. O aumento por litro é de 0,1 e 0,2 cêntimos, respetivamente.
Quando andar de carro, além dos combustíveis, também as portagens vão ser mais caras: a subida ronda os 2,03%, de acordo com a fórmula de cálculo que resulta da taxa de inflação homóloga, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística.
Mas se, em vez do automóvel, usar os transportes públicos para se locomover, os aumentos são outros. Os Ministérios das Finanças e da Economia e do Emprego fixaram em 0,9% o aumento médio dos títulos dos transportes, o valor estimado da inflação do próximo ano. Em 2012, o aumento médio dos transportes públicos foi de 5%.
Na alimentação, não se esperam grandes aumentos de preços em janeiro, pelo menos pela via fiscal, depois da alteração das taxas de IVA em vários produtos este ano. Mesmo o café não deverá registar aumentos na maioria dos pontos de venda, segundo a Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) e, no que toca ao pão, também não há aumentos no horizonte, depois das atualizações registadas em setembro devido ao aumento das matérias-primas.
Fumar é um vício que sai caro à saúde e ao bolso. E em 2013, ainda mais, sobretudo para quem já, com o intuito de poupar, tinha trocado os maços pelo tabaco de enrolar. É aí que vai incidir o maior aumento, que deverá ser de um euro e meio.
O aumento previsto para os maços de tabaco é bem menor, qualquer coisa como 10 cêntimos, na marca mais vendida. Ou seja, o maço passará dos 4,20 euros para os 4,30 euros. Mais caros vão ficar também os charutos e cigarrilhas, cuja taxa passa dos 15% para os 20%.
Na água, também não há um aumento que possa antecipar. As tarifas variam (e muito) de concelho para concelho e poucos anunciaram, até agora atualizações de preços. A maioria vai manter os preços.
Outro setor onde as tarifas vão subir é o das comunicações. A Vodafone vai aumentar os preços em 2% no início de fevereiro. TMN, Optimus e ZON anunciaram aumentos da mesma ordem.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/