Renato Seabra é culpado da morte de Carlos Castro
Renato Seabra foi considerado culpado do crime de homicídio simples. O juiz Daniel Fitzgerald irá proferir a sentença a 21 de Dezembro, que pode ir dos 15 anos até prisão perpétua.
O colectivo de 12 jurados considerou esta tarde Renato Seabra culpado pela morte do cronista Carlos Castro. O juiz Daniel Fitzgerald irá proferir a sentença a 21 de Dezembro, que pode ir dos 15 anos até prisão perpétua.
O júri precisou apenas de seis horas para chegar à deliberação, proferida às 16h10 locais, (21h10 em Lisboa), após esta manhã ter revisto a confissão do jovem de 23 anos, assim como algumas das suas mensagens colocadas no Facebook.
"Foi um crime brutal e sádico, em que Renato Seabra sufocou e mutilou a vítima antes de a assassinar. É particularmente trágico que Carlos Castro não só tenha sido traído pelo seu amante como também tenha morrido de forma tão violenta e tão longe de casa", disse, à imprensa, o procurador Cyrus Vance Jr.
Inimputabilidade ficou por provar
O assassínio de Carlos Castro ocorreu a 7 de Janeiro de 2011, num quarto de hotel em Manhattan, Nova Iorque. Após o ataque, Seabra partiu para o Hospital Roosevelt, onde foi medicado, alegadamente devido a uma crise psicótica.
O júri não considerou haver prova suficiente da inimputabilidade do réu, ou seja, ficou provado que, apesar dos distúrbios mentais, Renato Seabra sabia distinguir o certo do errado e que estaria a cometer um crime.
Fonte da Procuradoria de Manhattan revelou ao Expresso alguma surpresa com a decisão rápida do júri, tendo em conta que o processo se arrastou durante quase dois anos. "Normalmente nestes casos a deliberação leva mais algum tempo".
Renato reapareceu para ouvir o veredicto
Após ter estado ausente das últimas cinco sessões do julgamento, Renato Seabra reapareceu para ouvir o veredicto do júri. Depois da deliberação, o jovem não mostrou qualquer emoção, assim como a sua mãe, Odília Pereirinha, sentada na segunda fila da sala de audiências.
Durante o julgamento, que começou a 10 de Outubro, os advogados de defesa, David Touger e Rubin Sinins, sustentaram que Renato Seabra sofria de doença mental e que não teria consciência do crime (tortura e assassínio de Carlos Castro).
Vários médicos e psicólogos confirmaram a psicose do jovem aspirante a modelo, nomeadamente Jeffrey Singer, a testemunha chave da defesa, que em tribunal disse: "ele é altamente psicótico".
A procuradora Maxine Rosenthal sempre contestou essa possibilidade e durante as alegações finais interrogou-se. "Se ele estava tão tresloucado porquê que, durante o crime, retirou o telefone do auscultador, fechou as cortinas do quarto, roubou dinheiro à vítima e à saída colocou o sinal de 'Não Incomodar' na porta do quarto?".
fonte: http://expresso.sapo.pt/