Subsídios: Passos não descarta cortes no privado
Se a economia nacional se comportar pior do que o esperado, o Governo poderá cortar nos subsídios de férias e Natal do sector privado. A medida não foi rejeitada pelo primeiro-ministro, em entrevista esta quarta-feira à noite, à SIC.
Questionado sobre, se o cenário em 2012 for pior do que o esperado, o Governo aplicará uma medida-espelho do corte dos 13ª e 14ª meses da função pública e pensionistas, através da aplicação de um imposto extradordinário nos subsídios do privado, Passos Coelho foi evasivo:
«Temos a noção de que a execução do Orçamento do Estado é crítica para que os resultados que vamos apresentar coloquem Portugal no caminho do crescimento. Claro que há riscos no Orçamento», admitiu o chefe do Governo, acrescentando que «o maior risco é o clima económico», ou seja, «que a taxa dedecrescimento seja de 3%».
«Se isto, por razões externas, não se confirmar e foi pior, logo teremos menos receitas e chegaremos ao final do ano sem cumprir a meta do défice; claro que assim teremos de adoptar mais medidas, mas não julgo que esta não é a altura para as dizer».
No entanto, o primeiro-ministro acrescentou que «com certeza que aplicaremos todos os mecanismos necessários para garantir uma boa execução do lado da despesa».
Pará já, garantiu Passos Coelho, o Governo vai criar, em Dezembro, «dispositivos que garantam uma maior execução do Orçamento para o próximo ano».
Já sobre o aumento do IVA, Passos Coelho reiterou a consciência das dificuldades e a protecção dos que têm «rendimentos mais baixos», sublinhando que estas subidas foram destinadas a compensar a «suavização dos cortes do 13º e 14ª meses» no sector público e nas pensões.
E não deixou margem para enganos: «2012 vai ser um ano muito difícil para as pessoas de rendimento intermédio».
Pedro Passos Coelho admitiu, na mesma entrevista, a aplicação de um plano mais flexível para a banca e rejeitou o fim do euro.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/