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30
Out11

Sector da construção já perdeu seis mil empresas

adm

Nos últimos doze meses, fecharam 1.200 empresas do sector, estando actualmente em risco 140 mil postos de trabalho.

Em dez anos, o sector da construção já perdeu 230 mil postos de trabalho. Ao Diário Económico, Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), diz que a salvação do sector está na reabilitação urbana e numa aposta no mercado de arrendamento.

Em dez anos de crise, acha que este é o pior momento vivido pelo sector da construção? 
Sem dúvida e os números são bem elucidativos. Nos últimos dez anos, a construção e imobiliário acumulou uma quebra na produção de 40,8%, acompanhada de uma redução de 230 mil postos de trabalho, estando a atravessar o pior momento da sua história.

Quantos postos de trabalho estão em risco no sector actualmente? 
O número de postos de trabalho em risco é de 140 mil. Nesta crise, todos os segmentos de actividade estão em queda, mas o mais afectado é o da habitação, que responde por cerca de 60% da mão-de-obra e regista uma quebra, desde 2002, de 62,5% da sua produção. Se nada for feito, a situação pode agravar-se. É imprescindível a adopção de soluções urgentes para salvar as empresas e o emprego e no segmento da habitação, há que garantir o arranque do mercado da reabilitação urbana, do arrendamento e, um melhor funcionamento do mercado de crédito.

Quantas empresas já fecharam as portas?
Desde 2007, já desapareceram mais de 6.000 empresas de construção, das quais cerca de 1.200 nos últimos doze meses. Tratando-se de um sector que representa perto de 20% do tecido empresarial, estes números não surpreendem e acredito que pecam por defeito pois, para além de serem inúmeras as situações de encerramento de empresas que não passam pelos tribunais, os processos de insolvência são longos, pelo que estes dados reflectem apenas uma parte da realidade.

Acha que o futuro do sector passa pela eliminação de postos de trabalho e por fusões entre grandes empresas? 
A eliminação de postos de trabalho não constitui solução para o sector. É antes uma consequência da falta de actividade e do ciclo de quebra do investimento e do crescimento económico, que importa inverter. Quanto à concentração do sector, considero que pode constituir uma mais valia, como forma de reforço da textura do tecido empresarial, em termos de ganhos de competitividade e de músculo financeiro para o desenvolvimento de novos projectos e conquista de mercados internacionais. No entanto, é um processo que, para funcionar, tem de resultar da iniciativa privada, devendo ser vista como ferramenta estratégica de gestão empresarial e não como resposta aos problemas conjunturais do País, ou às insuficiências de uma Banca que não está a desempenhar adequadamente o seu papel.

Um dos problemas do sector é a queda no número de habitações licenciadas? 
Em 2010, licenciaram-se apenas cerca de 24.000 fogos, o que representa uma diminuição de 78%, face aos 114.000 aprovados em 2001. E nos primeiros sete meses de 2011, licenciaram-se somente perto de 10.000 fogos novos, o que traduz uma redução que ronda os 30%, face ao período homólogo. Se por um lado, a queda no número de licenciamentos e as dificuldade de escoamento de fogos novos, poderiam indiciar excesso de oferta, por outro, sabemos que faltam 60 a 70 mil habitações para o mercado do arrendamento que, no nosso País é quase inexistente. O congelamento das rendas, aliado a uma política de crédito fácil, determinou a destruição do arrendamento, e afastou os investidores do segmento da reabilitação urbana. As carências de habitação estão longe de estar resolvidas e a solução para o problema da habitação passa pela dinamização destes mercados.

Como vê o futuro do sector tendo em conta as linhas de actuação já conhecidas do Governo?
Com muita preocupação. O Governo está centrado no controlo do défice e ninguém está a tratar da economia e das empresas. A par do reequilíbrio das contas públicas, é indispensável que a política económica garanta o futuro de Portugal e tal só será possível com um desenvolvimento económico consolidado, que impeça a desagregação do tecido empresarial e que assuma o combate ao desemprego como objectivo essencial a atingir, o que, a exemplo do que se passa nas restantes economias, passa por uma aposta no sector.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

 

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